sábado, 20 de junho de 2009
domingo, 17 de maio de 2009
Atividades lúdicas!!!
Como término da disciplina cada grupo desenvolveu uma atividade prática que foi aplicada no Parque Atrhur Thomas-Londrina-PR
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Vídeo feito durante a visita ao parque:
http://www.youtube.com/watch?v=PMRr5hFLqxY
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Maria Eleni Curti
Rosa Yano
1. CONTEÚDOS A SEREM TRABALHADOS:
- Noções sobre meio ambiente;
- Educar sobre a proteção do meio ambiente;
- Discutir e trocar idéias com os colegas sobre o tema Meio Ambiente.
2. OBJETIVO:
- Identificar algumas representações de meio ambiente construídas pelas pessoas, através de um jogo;
- Elaborar conceitos sobre o tema;
- Discutir as possibilidades do jogo como atividade educativa que pode superar a fragmentação e linearidade das disciplinas; Relacionar conteúdos/competências que possam ser trabalhadas com este jogo.
- Explorar diversos recursos interativos, refletir sobre o seu uso educacional.
3. PÚBLICO ALVO:
Estudantes de ensino fundamental
4. SEQUÊNCIA DIDÁTICA DA ATIVIDADE – COMO JOGAR:
- O jogo pode ser realizado em grupos de cinco a seis pessoas;
- Jogar o dado;
- Avançar o número de casas de acordo com o dado;
- Se parar em uma casa vermelha deverá fazer alguma tarefa para melhorar o meio ambiente. Elas podem adiantar ou atrasar no jogo.
- Ganha quem chegar ao final primeiro.
5. RECURSOS DIDÁTICOS:
Cartolina, Colorset, cola, papel sulfite, tesoura.
6. HABILIDADES TRABALHADAS:
· Entender e ampliar fundamentos e conceitos;
· Desenvolver a criatividade e a responsabilidade;
· Saber conviver em grupo respeitando as identidades e as diferenças;
· Utilizar-se das linguagens como meio de expressão, comunicação e informação;
· Inter-relacionar pensamentos, idéias e conceitos;
· Adquirir, organizar, avaliar e transmitir informações.
· Companheirismo, respeito e ajuda mútua.
7. RESULTADOS ESPERADOS.
Ao final do trabalho espera-se que os alunos compreendam o conceito ambiental e a conseqüente queda na qualidade de vida, implicações decorrentes da adoção de diferentes concepções de meio ambiente, A formação da consciência na ação-reflexão dos atores sociais que, através das suas práticas e em interação com seus semelhantes, transformam a natureza pelo trabalho e são transformados por ele, assim fazendo a história de forma participativa, consciente.
Atividade 2-Oficina de materiais com sucata
Público alvo: todos
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Atividade 3-Descobrindo as palavras
Objetivos: Descobrir a palavra escondida de acordo com as dicas.
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Atividade 4-Atividade com folhas
ELIANA SARTORI DA SILVA
QUEILA M. LAUTENSCHLAGER SPOLADORE
Tema: Ecossistemas Brasileiros
Público: 5ª série do ensino fundamental.
RECONHECENDO SUA FOLHA
a) Empatia
b) Aproximadamente 25 minutos
c) De observação ativa
d) Qualquer lugar e horário.
e) 7 anos em diante.
f) Folhas de árvores ou plantas menores.
Apresentação
Todos os elementos existentes no meio ambiente são importantes e merecedores de respeito. Cada um deles possui uma função dentro do sistema e é de fundamental importância para a manutenção do equilíbrio.
Cada folha tem características e funções próprias, embora seja semelhante às outras existentes na árvore e que seu conjunto constitua um único ser.
Objetivos
Demonstrar a singularidade dos elementos da natureza
Realçar a importância de todos os elementos componentes do ambiente.
Procedimentos
1. Dispostos em círculo, cada participante do grupo recebe e analisa os detalhes de uma folha.
2. Após 3 minutos aproximadamente, apresenta sua folha para o companheiro da direita e vice-versa.
3. Terminadas as apresentações, as folhas são reunidas no centro do grupo.
4. Cada participante deve localizar a folha recebida no início da atividade.
Conclusão
Com esta atividade os alunos reconheceram que assim como na região em que moram existem diversos tipos de árvores, no Brasil existe também grande variedade de ecossistemas.
Também podemos verificar que a vegetação atual do Brasil não é a mesma vegetação de anos atrás (vegetação original).
Conceitos:
1) Biodiversidade ou diversidade biológica é a diversidade da natureza viva. Pode ser definida como a variedade e a variabilidade existente entre os organismos vivos e as complexidades ecológicas nas quais elas ocorrem. A biodiversidade varia com as diferentes regiões ecológicas, sendo maior nas regiões tropicais do que nos climas temperados. A espécie humana depende da Biodiversidade para a sua sobrevivência.
2) Biosfera: Chama-se biosfera a região de nosso planeta onde habitam todos os seres vivos. Nela, a vida é permanentemente possível. Essa parte da Terra é o espaço que vai desde a altitude de
3) Ecossistemas:Uma parte da biosfera que pode ser estudada de modo isolado recebe o nome de ecossistema. São exemplos de ecossistemas uma floresta, um lago ou um pântano tomado em sua totalidade. Ou seja, o ecossistema é um conjunto que compreende os seres vivos, o meio ambiente onde vivem e as relações que esses seres mantêm entre si e com o meio.
ECOSSITEMAS BRASILEIROS.
O Brasil tem pelo menos nove tipos de vegetação que caracterizam os ecossistemas mostrados no mapa abaixo, de acordo com sua localização territorial.
São eles:
- Floresta Amazônica
- Zona dos Cocais
- Caatinga
- Cerrados
- Pantanal
- Mata Atlântica
- Manguezais e restingas
- Pampas
- Mata de Araucárias
A Amazônia
A Floresta Amazônica ocupa a Região Norte do Brasil, abrangendo cerca de 47% do território nacional. É a maior formação florestal do planeta, condicionada pelo clima equatorial úmido. Esta possui uma grande variedade de fisionomias vegetais, desde as florestas densas até os campos. Florestas densas são representadas pelas florestas de terra firme, as florestas de várzea, periodicamente alagadas, e as florestas de igapó, permanentemente inundadas e ocorrem na por quase toda a Amazônia central. Os campos de Roraima ocorrem sobre solos pobres no extremo setentrional da bacia do Rio Branco.
O Semi-árido (Caatinga)
A área nuclear do Semi-Árido compreende todos os estados do Nordeste brasileiro, além do norte de Minas Gerais, ocupando cerca de 11% do território nacional. Seu interior, o Sertão nordestino, é caracterizado pela ocorrência da vegetação mais rala do Semi-árido, a Caatinga. As áreas mais elevadas sujeitas a secas menos intensas, localizadas mais próximas do litoral, são chamadas de Agreste. A área de transição entre a Caatinga e a Amazônia é conhecida como Meio-norte ou Zona dos cocais. Grande parte do Sertão nordestino sofre alto risco de desertificação devido à degradação da cobertura vegetal e do solo.
O Cerrado
O Cerrado ocupa a região do Planalto Central brasileiro. A área nuclear contínua do Cerrado corresponde a cerca de 22% do território nacional, sendo que há grandes manchas desta fisionomia na Amazônia e algumas menores na Caatinga e na Mata Atlântica. Seu clima é particularmente marcante, apresentando duas estações bem definidas. O Cerrado apresenta fisionomias variadas, indo desde campos limpos desprovidos de vegetação lenhosa a cerradão, uma formação arbórea densa. Esta região é permeada por matas ciliares e veredas, que acompanham os cursos d'água.
A Mata Atlântica
A Mata Atlântica, incluindo as florestas estacionais semideciduais, originalmente foi a floresta com a maior extensão latitudinal do planeta, indo de cerca de
O Pantanal Mato-Grossense
O Pantanal mato-grossense é a maior planície de inundação contínua do planeta, coberta por vegetação predominantemente aberta e que ocupa 1,8% do território nacional. Este ecossistema é formado por terrenos em grande parte arenosos, cobertos de diferentes fisionomias devido a variedade de micro relevos e regimes de inundação. Como área transicional entre Cerrado e Amazônia, o Pantanal ostenta um mosaico de ecossistemas terrestres com afinidades, sobretudo com o Cerrado.
Outras Formações
Os Campos do Sul (Pampas)
No clima temperado do extremo sul do país desenvolvem-se os campos do sul ou pampas, que já representaram 2,4% da cobertura vegetal do país. Os terrenos planos das planícies e planaltos gaúchos e as coxilhas, de relevo suave-ondulado, são colonizados por espécies pioneiras campestres que formam uma vegetação tipo savana abertos. Há ainda áreas de florestas estacionais e de campos de cobertura gramíneo-lenhosa.
A Mata de Araucárias (Região dos Pinheirais)
No Planalto Meridional Brasileiro, com altitudes superiores a 500m, destaca-se a área de dispersão do pinheiro-do-paraná, Araucária angustifólia, que já ocupou cerca de 2,6% do território nacional. Nestas florestas coexistem representantes da flora tropical e temperada do Brasil, sendo dominadas, no entanto, pelo pinheiro-do-paraná. As florestas variam em densidade arbórea e altura da vegetação e podem ser classificados de acordo com aspectos de solo, como aluviais, ao longo dos rios, submontanas, que já inexistem, e montanas, que dominavam a paisagem. A vegetação aberta dos campos gramíneo-lenhosos ocorre sobre solos rasos. Devido ao seu alto valor econômico a Mata de Araucária vêm sofrendo forte pressão de desmatamento.
Ecossistemas costeiros e insulares
Os ecossistemas costeiros geralmente estão associados à Mata Atlântica devido a sua proximidade. Nos solos arenosos dos cordões litorâneos e dunas, desenvolvem-se as restingas, que pode ocorrer desde a forma rastejante até a forma arbórea. Os manguezais e os campos salinos de origem fluvio-marinha desenvolvem-se sobre solos salinos. No terreno plano arenoso ou lamacento da Plataforma Continental desenvolvem-se os ecossistemas bênticos. Na zona das marés destacam-se as praias e os rochedos, estes colonizados por algas. As ilhas e os recifes constituem-se acidentes geográficos marcantes da paisagem superficial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.ibge.gov.br/mapas_ibge/.Acessado em 13 de maio de 2009.
http://educacao.uol.com.br/ciencias/ult1686u52.jhtm. Acessado em 14 de maio de 2009.
ALMEIDA, Lucia Marina; Rigolin Tércio Barbosa, Geografia, série Novo Ensino Médio, 2 ed. 2005, Ed.Ática, São Paulo.
Universidade Livre do Meio Ambiente. Curso Atividades Ecológicas. Curitiba, Paraná.
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Atividade 5- Mímica
IMAGEM E AÇÃO ECOLÓGICO
Por: Carla Machado e Marcela Pereira
Regras do jogo
Número de participantes: indeterminado. Os participantes serão divididos em grupos.
Faixa etária: a partir da 5 série
Elementos do jogo: fichas confeccionadas em papel cartão ou cartolina nas cores verde com frases positivas para ser representadas ou fichas vermelhas com ações negativas – as frases deverão ter cunho ecológico para atingir os objetivos do jogo.
Objetivos: Trazer frases ecológicas para serem representadas através de mímica ou desenho; mostrar através do lúdico aos alunos que nossas ações podem ser positivas ou negativas ao meio ambiente.
Instruções: Dividir os participantes
Variação: com participantes menores, ao invés da mímica, pode-se usar somente desenho em papel ou no quadro.
Sugestão de frases:
1. vou para o supermercado e levo minha sacola ecológica
2. planto uma árvore na mata ciliar
3. separo o lixo para reciclagem
4. vou de bicicleta para o trabalho
5. não jogo óleo usado na pia da cozinha
6. com a água da máquina de lavar, lavo o quintal
7. papel usado vira rascunho
8. eu uso pilha recarregável
9. escovo os dentes com a torneira aberta
10. “varro” a calçada com a mangueira
11. jogo lixo nas calçadas
12. escovo os dentes com a torneira fechada
13. jogo lixo pela janela do carro
14. recolho o cocô do meu cachorro
15. não recolho o cocô do meu cachorro
16. não reciclo
17. jogo óleo usado na pia da cozinha
18. queimo folhas e lixo recolhidos no quintal ou jardim
19. levo minhas lâmpadas fluorescentes para a reciclagem
20. jogo minhas lâmpadas fluorescentes no lixo
21. tomo banho com duração de mais de 10 minutos
22. não tomo banho com duração de mais de 10 minutos
23. coloco em um saco as folhas e lixo recolhidos no quintal ou jardim
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Atividade 6-Trilha no parque
CONTAR HISTÓRIAS
1- Público-Alvo: crianças e adolescentes.
2- Objetivos:
- desenvolver a participação grupal;
- adquirir hábitos de relações interpessoais;
- desinibir e desbloquear;
- desenvolver a comunicação verbal.
3- Material: não é necessário.
4- Desenvolvimento da atividade:
- todos os participantes estão sentados em forma circular;
- o animador convida um dos participantes para que comece contando uma história inventada na hora, dando somente a primeira frase;
- continuando, cada participante deve acrescentar uma frase;
- cabe ao animador incentivar os participantes para que a história tenha continuidade, como se fosse uma mesma pessoa que contasse a história.
RESPONDENDO COM PERGUNTA.
1. Público-alvo: todos
2. Objetivos:
- desenvolver a participação grupal;
- adquirir hábitos de relações interpessoais;
- desinibir e desbloquear;
- desenvolver a comunicação verbal.
3. Material: não é necessário
4- Desenvolvimento da atividade:
- todos os participantes estão sentados em forma circular;
- o animador convida um dos participantes para que comece fazendo uma pergunta inventada na hora;
- continuando, cada participante deve responder com outra pergunta;
- a temática pode ser livre ou com abrangência específica.
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Atividade 7- Teatro de fantoches
Atividade 8: Trilha no papel
Objetivos: Percorrer um trajeto com uma dada temática e ir aprendendo conceitos, ações...Público -Alvo: variado (depende dos conceitos abordados)
Passo-a-passo:
Traça-se no papel ou no chão uma linha aleatória que pode ser subdividida em grandes partes; numera-se, ou coloca-se letras em cada parte; cada parte deve possuir uma informação ilustrativa e escrita sobre o tema a ser trabalhado (perguntas, charadas, tarefas...). O jogador avança as casas à medida em que um dado é jogado, devendo-se atentar para as tarefas pedidas. Ganha quem chegar primeiro no final da trilha.
Exemplo:
2) Elabore fichas com as informações;
3) O grupo ou grupos (depende do número de pessoas) que chegar primeiro ao local final ganhará o prêmio;
4) Dependendo do público alvo a atividade pode sofrer variações, podendo utilizar bússolas, trena, gps...
*Fichas:
Ponto 1: saída- auditório de Educação Ambiental:
O próximo ponto está no final desta rua indo em direção ao lago. Localize no mapa o ponto correto. Vamos apostar uma corrida até lá?!
Ponto 2: Deste ponto podemos observar o lago. Este lago é natural ou antropizado (feito pelo homem)?Ganha a dica seguinte quem souber o nome do rio que forma o lago.
Dica: Siga à direita até a ponte que possui uma placa constatando o nome do córrego.
Ponto 3: Se olharmos á esquerda encontraremos uma barragem do outro lado mais adiante ?O que existe? Alguém sabe? Vamos seguir a trilha e descobrir o que existe?
*Na cachoeira: Vamos ver quem faz a melhor foto (ou desenho)?Quem fizer ganha a próxima dica.
Dica: Volte ao ponto 3 e perpasse a ponte. No final dela teremos a dica.
Ponto 4: Se andarmos mais ou menos 400 metros ás margens do lago veremos alguns animais. Quais são eles? E se olharmos à esquerda? E a diereita? Qual vegetação fica em evidência?
Agora vamos voltar ao ponto 2.
Ponto 2: Se subirmos a rua até o estacionamento encontraremos os números “1957” . Dentro dele existe algo que vocês deverão cuidar com carinho.
Ponto 14: Jeep contendo mudas de ipês amarelos.
FOTOS DA MAQUETE AMBIENTAL DO INSTITUTO EMATER
CLAUDOMIR ANTONIO DA SILVA
A maquete trabalha a história do Zé e a história do João. A história do Zé evidencia o não envolvimento do mesmo com o rural e, conseqüentemente o êxodo rural e a miséria. A história do João evidencia o envolvimento do mesmo com o rural, com a terra, com o trabalho, com a agricultura familiar, com a inclusão social, com a prosperidade e com a fixação do homem no campo.
Foto da maquete
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Produção de vídeos!!!!
Vídeos desenvolvidos...
Vídeo 1- desenvolvimento sustentável
http://www.youtube.com/watch?v=Tn6CoJh6PT0
Vídeo 2-Reserva Kaingang
http://www.youtube.com/watch?v=yx5_AJOALl0
Vídeo 3-Reserva Kaingang
http://www.youtube.com/watch?v=nojLNZRAP1Q
Vídeo 4- Feito borboleta
http://www.youtube.com/watch?v=npbIkTCxDb0
Vídeo 5-anjo da guarda (carla e alessandra)
http://www.youtube.com/watch?v=VFxwfcpKovo
Vídeo 6-Aldeia Kaingang por Vilma
http://www.youtube.com/watch?v=AYnxBeqi8JI
Vídeo 7-Luís
http://www.youtube.com/watch?v=4UJk-_Pfkjo
Trabalho de campo para a reserva indígena Kaingang e salto do Apucaraninha!!!!!
Vamos conhecer um pouco mais sobre o assunto?
Primeiro um pequeno vídeo com fotos de nossa visita:
Agora um texto feito por:
Maria Inês Bertolino
1 – Hábitos, Usos e Costumes
Desde o século XVI, os portugueses dominaram o território dos Guayaná, antepassados dos Kaingang, que habitavam a região de São Vicente. Os colonizadores foram expropriando os índios de seu habitat natural e, assim, modificando o habitat e a cultura Kaingang.
Os antigos Guayaná são descritos como agricultores sedentários, embora a caça e a coleta também fosse parte de seus hábitos. Ao que parece, graças às constantes modificações advindas dos contatos com os brancos e com os outros grupos tribais, ocorreu a desorganização da agricultura Kaingang. No século XIX e início do século XX, a caça e a coleta passaram a ser mais importantes, aparecendo também a pesca como atividade de subsistência.
Levando-se em conta que o milho era a base da alimentação Kaingang e que dele se fazia uma bebida fermentada de nome Kiki, que, inclusive, empresta o nome para a principal festa ritual deste povo, crê-se que, antes do contato com o branco, a agricultura Kaingang era, de fato, uma atividade tradicional.
Os Kaingang gostavam de animais e aves, apreciando principalmente as carnes de anta e queixada. Já os Guarani preferiam a carne de macaco, paca e capivara. Também apreciavam a convivência com os cães que, especialmente treinados, eram valiosos no auxílio à caça.
Quando mortos, os animais eram moqueados para se conservarem por bastante tempo. Além do moquem, espécie de grelha, os aingangue usavam a brasa e o espeto. Para preparar os animais de maior porte, eram feitos buracos no chão revestidos com pedras. O fogo era feito dentro do buraco até as pedras tornarem-se incandescentes. As cinzas e brasas eram então removidas, e as pedras recobertas com folhas, e por cima, colocava-se a carne cuidadosamente envolta em folhas.
O que se retirava da natureza, na economia Kaingang, parece ter ocupado posição de destaque na subsistência do grupo. Dentre muitos produtos, o mais importante era o pinhão, que comiam assado sobre brasas, em forma de pão ou em sopa. Na falta de pinhão, comiam o miolo da cabeça da estipe do gerivá ou da palmeira juçara e a raiz de uma espécie de bromélia, a gravatá ou camatá.
Colhiam ainda o mel para alimentação, utilizando a cera na impermealização dos cestos. Apreciavam as crisálidas dos abelheiros e consumiam larvas de outros insetos como vespas, maribondos, besouros e baratas que proliferavam nos troncos podres de taquaras e palmeiras. Gostavam também de ovos, que conseguiam roubando nos ninhos dos pássaros.
Os Kaingang e os Xetá tinham tanto habitações fixas quanto aquelas de caráter temporário, quando saíam para caçar ou coletar nos matos. Nas aldeias dos Kaingang, as choças eram construídas com varas fincadas no chão, apresentando forma redonda ou quadrangular e cobertas com folhas de palmeira ou de taquara.
As moradias – sempre de chão batido – geralmente não apresentavam divisões internas, mas havia a separação do local onde se fazia o fogo do espaço destinado ao armazenamento de produtos ou utensílios. Existia apenas uma porta para entrada e saída.
Os relatos dos sertanistas e jesuítas que trabalhavam na pacificação dos Kaingang afirmam que os índios andavam completamente despidos, usando somente um cinto de fibra, que ornava a cintura. No frio, enrolavam-se em mantos, chamado "curucuhá". Já as índias usavam saias feitas de fibras presas à cintura por um cinto feito de casca de cipó-imbé. Os panos tecidos eram desenhados com figuras geométricas em tinta vermelha. Os cintos eram tingidos de preto. Ornavam-se ainda com colares feitos de sementes pretas entremeadas com presas e garras de animais.
Alguns Kaingang, de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, usavam botoques semelhantes aos Guarani. Usavam também nos lábios pedaços de madeira na forma de pregos. Viseiras de plumas eram usadas sobre a testa e o cacique portava plumagem em forma de leque, que era vestida em torno da cabeça e amarrada na nunca. Já os Kaingang do Paraná usavam uma espécie de "coroinha" no topo da cabeça, o que lhes valia a denominação de "coroados", dada pelos colonos portugueses. Arrancavam também todos os pêlos do corpo. As pinturas corporais – usadas apenas para as cerimônias funerais – eram feitas com carvão vegetal, obedecendo a uma simbologia de cada subgrupo. Costumavam fazer listras pretas no peito como proteção contra os maus espíritos.
Entre os muitos objetos fabricados pelos Kaingang estão os artefatos de caça, guerra, coleta e agricultura. Arco e flecha eram feitos de pau d’arco e as lanças, muito comuns, recebiam pontas de ferro obtido entre os brancos. Os Kaingang do Paraná também utilizavam bastões curvos e cilíndricos, envoltos em trançado, decorados com gravação a fogo e possuíam uma espécie de caixa para guardar objetos feitos de cestaria.
Para ataques e perseguições a inimigos, colocavam no caminho estrepes pontiagudos feitos de ossos. Também cavavam armadilhas em forma de fosso cujo interior revestiam de lanças.
Os Kaingang e os Guarani – como a maioria dos índios brasileiros – não tinham o costume de envenenar as pontas das flechas. Tanto os Guarani como os Kaingang utilizavam o "pari", uma espécie de armadilha feita de talas e varas para apanhar peixes. A produção de cestarias é arte presente na cultura material das duas tribos. As cestas eram utilizadas para guardar ou transportar produtos.
Os Kaingang não desenvolveram nada semelhante à navegação Guarani. Para cruzar um rio, derrubavam árvores de cada lado e uniam o espaço com os troncos amarrados em estacas fixadas no leito do rio. Nadam mal, por falta de hábito, e só em situações aterradoras é que se arriscavam entrar na água e tentar a travessia. Utilizavam muito pouco as suas precárias pirogas, barcos primitivos feitos de troncos de árvores.
Na tecelagem Kaingang, os panos eram feitos de urtiga brava. As fibras eram enroladas em bolotas, fervidas e lavadas até se tornarem uma massa branca e flexível. Depois eram trançadas e tecidas manualmente, tingidas com catiguá e desenhadas na cor escura.
As mulheres carregavam seus filhos em redes às costas. Faziam bolsas de fibras e recipientes de taquara fina. As cerâmicas eram feitas de argila, modelando-se primeiro a base do pote em argila mole borrifada com água ou saliva. Quando os potes estavam totalmente secos eram queimados na boca. Para tornar a cerâmica "inquebrável" borrifava-se com uma mistura de água e farinha de milho. Com o pote ainda quente, as rachaduras eram preenchidas com cera de abelhas. Todos os potes tinham base crônica para ser fixados no solo.
Para obter fogo, os Kaingang giravam uma vareta de madeira rija por entre as mãos. A extremidade inferior estava inserida num pedaço de madeira bem seca e mole. O movimento de rotação provocava faíscas que acabavam incendiando folhas e cascas de palmeira seca. Esta técnica também pertencia aos Guarani e aos Xetá.
A medicina entre os Kaingang era praticada de forma ritual. O Kuiã, espécie de xamã ou pajé, consultava os espíritos à noite esborrifando seu cachimbo até ficar totalmente envolto em fumaça. Os espíritos desciam e ensinavam como deveriam ser preparados os remédios. Davam também informações sobre assuntos de interesse da comunidade. Praticavam ainda sangrias na testa, tratamentos à base de ervas curativas, massagens antecedidas por cataplasmas.
A gravidez e o parto mereciam tratamentos especiais. Na gravidez, mulher e marido não se uniam e ambos observavam tabus alimentares. O parto acontecia na floresta e, dias após, mãe e criança eram defumados, rito acompanhado por uma bebedeira geral. Com os colonizadores, essa prática se transformou. A parturiente passou a contar com a assistência de uma parteira (mãe, sogra ou avó). O parto original entre as índias é feito de cócoras.
Ao completar sete anos, a mãe friccionava a criança com cinzas e derramava água sobre sua cabeça. A partir de então, recebia um novo nome que poderia ser mudado futuramente, dependendo dos feitos praticados.
A medicina tradicional indígena tinha como base o uso de ervas. A erva-mate, inclusive, originou-se de hábitos indígenas. Os índios a usavam como estimulante para vencer o cansaço das longas caminhadas pela floresta em busca de comida e durante a caça e a pesca.
2 - Indios Kaingang no Paraná
Os Kaingang que viviam na região norte do Paraná, passaram a ser mais perseguidos a partir do século XIX, pois o “branco” (termo que usam para falar do não-índio) começou a avançar em direção às florestas, para abrir fazendas, construir cidades ou buscar outras riquezas.
Os não-índios ou “brancos”, usavam armas de fogo, que os Kaingang desconheciam,e estes, quando não eram escravizados ou mortos, fugiam cada vez mais para dentro da floresta. Quando não tinham mais para onde ir, ainda no século XIX o governo criou os aldeamentos (espaços limitados para os índios), que mais tarde se tornaram os postos indígenas ou reservas.
Esta solução não era do agrado dos Kaingang, e eles resistiram por muito tempo se escondendo nas florestas da região de Palmas, no Paraná.
Claude Lévi-Strauss (antropólogo belga) visitou a Reserva de São Jerônimo entre 1935 e 1939, e em seu livro “Tristes Trópicos” conta que muitos dos índios que conhecera ainda resistiam, pois:
Atualmente, os kaingang do Paraná vivem em quatorze reservas indígenas, distribuídas por municípios diferentes, em pequenas áreas das terras que lhes pertenciam e que são administradas pela Fundação Nacional do Índio-FUNAI.
A vegetação do território Kaingang, formada por grandes árvores, como perobas, pinheiros, palmitais e paus-d’alho, foi destruída e substituída por cidades, fazendas de café e gado. Aos Kaingang restou pequena parte de seu território, que é a reserva ou posto indígena, onde ainda fazem a plantação de pequenas “roças coletivas” e “roças familiares” e a confecção de artesanato para a venda na cidade. Mesmo assim, não esquecem sua história.
3 – Reserva Apucaraninha
As terras que formam a Reserva ou Posto Indígena Apucaraninha pertencem aos Kaingang, e não ao município onde está localizado o posto ou reserva. Até 1995 dizia-se que a Reserva Indígena estava localizada no distrito administrativo de Tamarana, município de Londrina. Quando Tamarana se tornou município, a área indígena passou a ter uma parte localizada no município de Londrina e outra no município de Tamarana.
Hoje, a referência para localização da reserva, é o município de Londrina(PR)
Na reserva, constroem suas casas ou moram em casas construídas pelo governo. Essas casas são modificadas por muitos deles, que buscam a tradição Kaingang das antigas habitações. Toda decisão é coletiva, os índios se reúnem em roda, cada um expõe seu argumento e o grupo, aponta em conjunto, o que é melhor para a tribo.
A Reserva Indígena possui 5.574 há de área, onde abriga atualmente 240 famílias e aproximadamente 1.200 indígenas. Vivem do cultivo de arroz, feijão e milho, além do plantio de hortas, eucalipto e palmito pupunha. Produzem cestos, arco e flecha. O acesso a reserva é feito pela Rodovia Celso Garcia (PR445), sentido Londrina/Lerroville(52 KM) e de Lerroville até a reserva, 28 KM em estrada sem pavimentação.
A Escola Estadual “João Kavagtãn”, construída em 1980, foi recentemente reformada e estadualizada. Possui 12 professores indígenas e apenas uma não é indígena. A maioria dos professores tem apenas o ensino fundamental e estão em processo de formação no curso de magistério oferecido pelo Estado. O ensino é bilíngüe.
4 – Direitos Indígenas
Embora os povos indígenas, donos desta terra chamada Brasil, tenham lutado por suas terras e ao mesmo tempo dividido seu conhecimento com os não-índios, desde que os aventureiros “brancos” aqui pisaram, só em 1973, no Brasil, se reconheceu na lei que os índios tinham direito às terras de seus antepassados.
O Estatuto do Índio, Lei 6001, de 19/12/1973, obriga o governo federal a “demarcar” ou definir o limite ou fronteira do território indígena. A Constituição Federal de 1988, dedicou um de seus capítulos aos índios, reconhecendo seus direitos a terra (artigo 231), costumes e línguas. Mesmo assim as invasões às terras indígenas, agressões à sua cultura e integridade e muitos outros problemas continuam a existir.
5 – Referências Bibliográficas
www.bonde.com.br. Reportagem de Alan Maschio, em 22.04.2006.
www.londrinatur.com.br. Acesso em 25.04.2009.
Folha de Londrina, 18.03.2009. Reportagem de Mariana Guerin
TUMA, Magda Madalena Peruzin. Viver é Descobrir... Londrina. FTD-2006. Pág. 65 a 71.